Clausura Teresiana

As grades do Carmelo não são feitas para separar corações que se amam em

Jesus, servem antes para tornar mais fortes os laços que nos unem”.  (Santa Teresinha)

 

 

“Desde os começos de sua Reforma, Santa Teresa de Jesus escolheu o retiro da clausura como expressão e meio do seguimento de Cristo, segundo os conselhos evangélicos, em consonância com a primitiva vocação contemplativa do Carmelo, para combater espiritualmente pela glória do Senhor, em favor de sua Igreja.

No pensamento de Santa Teresa, a livre escolha da vida de clausura comporta uma separação radical do exterior para conseguir o desprendimento interior, e uma vida de silêncio e solidão, para encontrar no Esposo a água viva da contemplação; é também uma excelente ajuda para chegar-se à santa liberdade de espírito, em uma feliz experiência de fraternidade em Cristo: ‘sós com o Só'” (Constituições, 107).

Postulante no páteo do Mosteiro.

A Igreja, como mãe solícita pelo bem de seus filhos, oferece-nos a clausura como um espaço de liberdade, no qual temos resguardados os valores de nossa vida contemplativa: oração, silêncio e vida fraterna.

A clausura é verdadeiramente um presente para nós, carmelitas descalças, que recebemos a vocação de viver em íntima união com Deus, para o bem da Igreja e da humanidade, testemunhando a primazia de Deus em nossa vida.

A clausura: alegria de viver a sós com Deus

Um dos maiores questionamentos a respeito das carmelitas descalças é a clausura.

Para muitos parece algo questionador: como podem viver sempre no mesmo lugar, sem sair? Mas para toda Carmelita a clausura é sinal de um grande amor por Deus, um desejo íntimo de viver só para Ele, em uma pequena comunidade que se une no mesmo desejo de se entregar totalmente a esta sublime vocação.

A clausura nos ajuda a viver mais intensamente nossa vida de oração contínua, como queria nossa Santa Madre Teresa de Jesus. Oração que se abre para uma imolação pelos sacerdotes e por toda a humanidade. A vida da carmelita torna-se um dom e nesta doação está o segredo de nossa vocação e nela a alegria de viver na clausura.

Para muitos pode ser questionador, mas para quem Deus confere esta sublime vocação é algo essencial, pois quando Deus nos chama igualmente nos dá tudo o que precisamos para corresponder aos Seus divinos desejos. Como diz Santa Teresa dos Andes: “Deus é alegria infinita”. Esta alegria infinita está presente em cada carmelita descalça, na clausura concretizam-se as promessas de Jesus a Santa Teresa quando ela pensava em fundar o mosteiro de São José de Ávila: “Que São José nos guardaria uma porta e Nossa Senhora a outra, Cristo andaria ao nosso lado e o mosteiro seria uma estrela da qual sairia um grande resplendor”.

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