“Aqui todas devem ser amigas, todas hão de se amar, todas hão de se querer, todas hão de se ajudar” (Santa Teresa de Jesus)

Santa Teresa, no novo gênero de vida a que dava início, quis integrar e harmonizar a vida eremítica que viviam os primeiros carmelitas no Monte Carmelo, com a vida de comunhão fraterna; tudo isso vivido numa pequena comunidade onde ‘todas fossem amigas e se amassem’.
“A exemplo da Igreja primitiva, a vida comunitária proposta pela Regra do Carmelo e renovada por Santa Teresa exige que as Irmãs, convocadas e reunidas como pequeno ‘Colégio de Cristo’, ajudem-se mutuamente no caminho da santidade, tendo como norma suprema o amor que o Mestre recomendou a seus discípulos e o manifestou, dando a vida por nós (Cf. Jo 15,12-13).
Este amor recíproco, manifestado nas obras, confere autenticidade à vida de oração, garante a presença do Senhor em meio à comunidade e mantém a paz e a concórdia. Deste modo, cada Mosteiro será exemplo de fraternidade, testemunho de unidade e sinal de reconciliação universal em Cristo, para que resplandeça o Evangelho da justiça e da paz.
De acordo com o ensinamento de Santa Teresa, o estilo de vida comunitária caracteriza-se pelo sentido de igualdade evangélica e pela franca sinceridade no trato, pela mútua partilha das alegrias e tristezas, dentro de uma pequena família, à qual as irmãs se ligam por toda a vida… em um clima de alegria e afabilidade.” (Constituições, 87 – 88)
“As Irmãs, sabendo-se reunidas pelo Senhor na mesma Comunidade para viverem juntas sua vocação, procurarão crescer sempre na entrega e no compromisso de comunhão. Esta exige constância diária na estima e na acolhida mútuas, amor concreto à própria Comunidade e compromisso de renovar sua vitalidade na Igreja”. (Const. 104)
“Desde o primeiro dia me senti em família. A isso me ajudou o modo de ser das irmãs. Reinava na comunidade um ambiente de simplicidade e confiança apesar das diferenças de idades. Eu sabia que eram alegres, porém, quando me encontrei no meio delas, vi que o que eu imaginava não era nem sombra da realidade”. (Santa Teresa de Los Andes)
